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Por que o iPhone é tão caro no Brasil? Entenda a taxação de produtos importados.

  • Com você, scala
  • 25 de set.
  • 3 min de leitura
Dois iPhones modernos em exibição, um na cor azul e outro na cor rosa, sendo segurados por mãos humanas, mostrando a tela com design vibrante.

O preço do iPhone no Brasil é um dos mais altos do mundo, e isso desperta a curiosidade de muitos consumidores. A principal razão está na taxação de produtos importados, um conjunto de impostos e taxas que incidem sobre mercadorias vindas do exterior.


Compreender esse processo é essencial para entender não apenas por que o iPhone é tão caro, mas também como a carga tributária impacta o consumo no país.


O que é a taxação de produtos importados?


A taxação de produtos importados é o conjunto de tributos cobrados pelo governo sobre mercadorias que entram no Brasil vindas de outros países. Segundo a Receita Federal, o objetivo é arrecadar recursos para o Estado e, em alguns casos, proteger a indústria nacional da concorrência externa.


Na prática, essa cobrança tem efeito direto no bolso do consumidor: o preço final de produtos importados, como o iPhone, pode ser até o dobro do valor praticado em outros mercados.


Por que é importante entender a taxação?


Compreender os impostos sobre importados ajuda em três pontos principais:

  • Consciência de consumo: entender por que determinados produtos custam mais caro no Brasil ajuda a planejar melhor as compras.

  • Comparação internacional: conhecer os impostos permite avaliar se vale a pena comprar no exterior ou no mercado nacional.

  • Debate sobre reforma tributária: compreender o peso da carga tributária é essencial para participar de discussões sobre mudanças no sistema de impostos.


Principais impostos aplicados sobre produtos importados


No caso de eletrônicos como o iPhone, os principais tributos são:

  • Imposto de Importação (II) – incide sobre o valor do produto importado.

  • Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI) – aplicado sobre produtos industrializados, nacionais ou importados.

  • PIS e COFINS – contribuições sociais que também incidem sobre importações (Receita Federal).

  • ICMS (Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços) – imposto estadual que varia de acordo com cada estado (Confaz).


Esses impostos, somados a custos logísticos e margens de lucro, elevam significativamente o preço final.


Simulação de impostos sobre um iPhone 17 Pro 256 GB


De acordo com o site oficial da Apple Brasil, o iPhone 17 Pro 256 GB custa R$ 11.499. Veja uma simulação aproximada de como os impostos impactam esse valor:



Imposto/Taxa

Alíquota aproximada

Valor sobre o iPhone (R$)

Imposto de Importação (II)

20%

R$ 2.299,80

IPI

15%

R$ 1.724,85

PIS/COFINS

9,65%

R$ 1.108,63

ICMS (média nacional)

18%

R$ 2.069,82

Total de impostos (~62%)

R$ 7.203,10

Na prática, o consumidor brasileiro paga mais de R$ 7 mil apenas em impostos — valor suficiente para comprar uma TV de última geração ou até uma passagem internacional.


Comparação internacional de preços do iPhone 17 Pro 256 GB


A diferença de preços evidencia o peso da carga tributária. Segundo levantamento do Nukeni, que compara preços globais de iPhones, temos:


País

Preço médio em moeda local

Preço convertido em R$

Estados Unidos

US$ 1.099

R$ 5.500

Japão

¥ 164.800

R$ 5.900

Alemanha

€ 1.299

R$ 7.000

Brasil

R$ 11.499

R$ 11.499

Além da diferença nominal, existe também a questão da paridade do poder de compra (PPP). Em países como Japão e Alemanha, os salários médios são mais altos, o que torna o preço relativo do iPhone menor em comparação ao Brasil. Ou seja: para o consumidor brasileiro, o peso do iPhone no orçamento é proporcionalmente muito maior.


Conclusão


O preço elevado do iPhone no Brasil é consequência direta da alta carga tributária sobre importados. Mais da metade do que o consumidor paga vai para impostos — valor que poderia ser destinado a outros bens de consumo ou experiências.


Enquanto não houver mudanças significativas no sistema tributário, produtos como o iPhone continuarão custando muito mais caro aqui do que em outros países.


A questão é: vale a pena continuar aceitando essa realidade ou está na hora de cobrar mudanças mais justas na forma como somos tributados?

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